A Justiça boliviana reativou na sexta-feira (2) a ordem de captura contra o ex-presidente Evo Morales, acusado de envolvimento em um caso de tráfico de uma menor. A decisão reverte a anulação feita por uma juíza no início da semana, reacendendo a tensão política no país. Morales, líder indígena e ex-mandatário, nega as acusações e alega perseguição judicial por parte do governo atual.
O caso remonta a denúncias de tráfico de pessoas envolvendo uma adolescente, que teriam ocorrido durante o governo de Morales. A ordem de captura havia sido suspensa após recursos da defesa, mas a nova decisão judicial determinou sua restauração. Autoridades bolivianas afirmam que o processo segue os trâmites legais, sem interferência política.
Evo Morales, que governou a Bolívia por quase 14 anos, acusa o presidente Luis Arce de comandar uma campanha para criminalizá-lo. O ex-presidente, atualmente no exílio, alega que as acusações são parte de uma estratégia para impedir sua candidatura nas próximas eleições. O governo boliviano nega as acusações e afirma que o Judiciário age com independência.