A Justiça do Rio de Janeiro concedeu habeas corpus nesta segunda-feira (2) a um artista musical que estava preso desde o dia 29 de outubro. O desembargador responsável pela decisão considerou que a prisão temporária não era necessária para a investigação, determinando sua soltura e a aplicação de medidas cautelares. Entre as condições impostas estão o comparecimento mensal em juízo, a proibição de se comunicar com investigados ou testemunhas do caso e a entrega do passaporte às autoridades.
O artista foi alvo de uma operação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) por suposto envolvimento em crimes relacionados ao tráfico de drogas e apologia ao crime. A investigação foi aberta após a circulação de vídeos em que criminosos apareciam armados em um baile funk onde ele se apresentava. O caso ganhou repercussão após a morte de um policial civil em uma operação na mesma comunidade dias depois do evento.
Durante sua passagem pelo sistema prisional, o artista declarou vínculo a uma facção criminosa, o que determinou sua transferência para uma unidade específica. Apesar da declaração, especialistas destacam que essa informação é usada principalmente para evitar conflitos entre presos de grupos rivais. O cumprimento das medidas cautelares será acompanhado de perto pela Justiça enquanto o processo segue em andamento.
