A Justiça do Rio de Janeiro determinou o bloqueio de R$ 320 milhões em bens do ex-prefeito Marcelo Crivella e de outros agentes públicos, por suspeita de improbidade administrativa em contratos firmados durante a pandemia de covid-19. A decisão liminar, provisória, foi concedida a pedido do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) nesta quarta-feira (15).
Segundo a denúncia do MP-RJ, a prefeitura do Rio celebrou contratos com a empresa chinesa China Meheco para reestruturação de hospitais e compra de equipamentos, mas as licitações teriam sido direcionadas para beneficiar a companhia. Investigadores apontam superfaturamento e falta de transparência nos processos.
A ação civil pública alega que os contratos, no valor total de R$ 1,2 bilhão, foram assinados sem a devida concorrência pública. Crivella, que nega as acusações, pode ter seus bens definitivamente perdidos caso a Justiça confirme as irregularidades. O caso será analisado em profundidade nas próximas semanas.