A Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 119 milhões em bens de empresas e sócios investigados por suspeita de fraudes contra aposentados e pensionistas. As medidas, divulgadas pela Advocacia-Geral da União (AGU), visam ressarcir vítimas de descontos ilegais em benefícios previdenciários. Os valores foram bloqueados em cinco ações judiciais, cada uma com limite de R$ 23,8 milhões, envolvendo bens móveis, imóveis e ativos financeiros de oito empresas e nove pessoas físicas.
As decisões, emitidas pela 7ª Vara Federal do Distrito Federal, também incluíram a quebra de sigilos bancário e fiscal dos investigados. A AGU aguarda o julgamento de outras 10 ações semelhantes, ajuizadas em maio. Originalmente, o caso foi desmembrado em 15 processos após pedido da AGU, que solicitou o bloqueio de R$ 2,56 bilhões em bens de 12 entidades e seus dirigentes, totalizando 60 réus.
Segundo a AGU, as empresas investigadas são acusadas de atuar como “fachadas” para cometer fraudes, incluindo o pagamento de vantagens a agentes públicos para autorizar descontos indevidos. O valor bloqueado reflete a magnitude dos prejuízos causados, conforme apurado até o momento. A reportagem tentou contato com as defesas dos envolvidos, mas não obteve resposta. As decisões foram publicadas nos dias 2 e 3 de julho.