A Justiça Federal em Brasília determinou o bloqueio de R$ 119 milhões em bens de empresas e indivíduos investigados por envolvimento em fraudes contra aposentados e pensionistas do INSS. As decisões, proferidas pela 7ª Vara Federal do Distrito Federal, atenderam a cinco ações movidas pela Advocacia-Geral da União (AGU). Os valores bloqueados incluem bens móveis, imóveis e ativos financeiros, além da quebra de sigilos bancário e fiscal.
Segundo a AGU, as empresas investigadas são suspeitas de atuar como “firmas de fachada” para desviar recursos dos beneficiários do INSS, oferecendo propina a agentes públicos em troca de autorizações irregulares. O caso faz parte da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, que apura um esquema nacional de descontos não autorizados em benefícios previdenciários, estimados em R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
A AGU já havia solicitado o bloqueio de R$ 2,5 bilhões em outro lote de investigações, dividido em 15 ações para agilizar a análise. As medidas judiciais integram um esforço do grupo especial criado pela AGU para recuperar os valores desviados irregularmente dos aposentados. O caso continua sob investigação, com novas decisões judiciais previstas nos próximos meses.