Os juros futuros encerraram o dia com taxas curtas e intermediárias em alta e as longas em queda moderada, refletindo a expectativa pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) nesta quarta-feira (18). O fraco volume de negociações evidenciou a cautela dos investidores diante de uma semana marcada por eventos importantes, incluindo a reunião do Federal Reserve nos EUA. O IBC-Br de abril, divulgado nesta segunda, subiu 0,16%, acima da mediana das estimativas.
Na ponta curta, a pressão de alta reflete as apostas de um possível novo aperto de 25 pontos-base na Selic em junho, com o mercado dividido entre 60% de chances para alta e 40% para manutenção. Daniel Cunha, estrategista-chefe da BGC Liquidez, defende que um novo aperto, ainda que simbólico, seria importante para ancorar expectativas e recuperar a credibilidade da política monetária, após a desancoragem das projeções de inflação.
Os vencimentos longos também reagiram à expectativa de um Copom mais rigoroso, além do cenário internacional, com menor aversão ao risco após a redução das tensões no conflito entre Israel e Irã. Enquanto isso, o mercado monitora Brasília, onde pode ser votado o requerimento de urgência para sustar o novo decreto sobre o IOF, com incertezas sobre o desfecho.