O Plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu pela aposentadoria compulsória de um juiz federal do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) devido a irregularidades cometidas durante sua atuação nos processos da Operação Lava Jato. O magistrado, que já estava afastado desde fevereiro de 2023, teve sua conduta analisada em três processos administrativos disciplinares, que apuraram supostas condutas como parcialidade em decisões, tratamento diferenciado a advogados e interferência em processos judiciais.
O relator do caso destacou que as provas indicaram abuso de autoridade e busca por protagonismo, com o juiz utilizando o processo penal para autopromoção e se aproximando indevidamente de figuras públicas e da mídia. Além disso, foram apontadas irregularidades na condução da Lava Jato, como prisões sem respaldo legal e parcialidade em julgamentos. A decisão do CNJ foi majoritariamente alinhada ao relator, com apenas uma divergência pontual em um dos processos.
Com a medida, o juiz foi formalmente aposentado de forma compulsória, a penalidade máxima aplicável pelo CNJ. A decisão marca o encerramento de um caso que envolveu investigações prolongadas sobre condutas consideradas incompatíveis com o exercício da magistratura. O julgamento ocorreu durante a 8ª Sessão Ordinária de 2025, em Brasília, e contou com a participação da maioria dos conselheiros.