Em meio a questionamentos de investidores sobre a oportunidade de comprar ações do Banco do Brasil (BBAS3), que acumulam queda de 26% desde a divulgação dos resultados do primeiro trimestre de 2025, o JPMorgan reiterou sua recomendação neutra. O banco reduziu o preço-alvo de R$ 31 para R$ 28, destacando que problemas na qualidade de ativos costumam levar tempo para serem absorvidos pelo mercado.
O JPMorgan apontou que, apesar da volatilidade em torno das eleições de 2026 e do alto nível de posições vendidas, prefere aguardar maior clareza após o segundo trimestre de 2025. O banco ajustou suas projeções, estimando um retorno sobre patrimônio líquido (ROE) de 13% no 1T25, abaixo da média histórica de 17% e do patamar recente de 20% a 22%, afetado por fatores como o desempenho do Banco Patagonia e o aumento da inadimplência no agronegócio.
Diante do cenário, o JPMorgan revisou para baixo a expectativa de lucro do Banco do Brasil em 2025, projetando R$ 27,5 bilhões (R$ 25 bilhões em base contábil), e reduziu a previsão de payout para 30%. Analistas destacam que o 2T25 será crucial para avaliar a recuperação da instituição, com foco nos desafios do agronegócio e na atualização das orientações da empresa.