O jornalista sueco Joakim Medin foi condenado nesta quarta-feira (15) a 11 meses de prisão por ‘insultar o presidente’ da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, durante um protesto em Estocolmo em 2023. A sentença, no entanto, foi suspensa logo após o anúncio. Medin, preso desde março ao chegar à Turquia, segue detido sob acusação de ‘pertencer a uma organização terrorista’.
Repórter do jornal sueco Dagens ETC, Medin participou da audiência por videoconferência da prisão de Silivri, no oeste de Istambul. As autoridades turcas alegam que ele participou de um protesto do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) em janeiro de 2023, quando um boneco de Erdogan foi pendurado de cabeça para baixo – ação que o jornalista nega ter cometido.
O caso ocorre em meio a tensões diplomáticas entre Suécia e Turquia, principalmente sobre a possível adesão sueca à OTAN. A Turquia, que considera o PKK uma organização terrorista, tem pressionado a Suécia a adotar medidas mais duras contra grupos curdos em seu território. A defesa de Medin afirma que ele cobria o protesto como jornalista e não participou ativamente do ato.