Embora o governo israelense afirme que a derrubada do regime iraniano não seja um objetivo oficial da ofensiva militar recente, líderes como o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu têm mencionado cada vez mais abertamente a possibilidade de uma mudança de governo no Irã. O regime dos aiatolás, no poder desde 1979, é visto por Israel como uma ameaça existencial, citando declarações do líder supremo Ali Khamenei e a rede de alianças regionais conhecida como ‘Eixo da Resistência’.
Ataques israelenses atingiram alvos militares, instalações nucleares e parte do comando iraniano, resultando em mais de 220 mortes e centenas de feridos. Netanyahu e o ex-presidente dos EUA Donald Trump sugeriram que a eliminação de Khamenei poderia encerrar o conflito, mas especialistas alertam que o regime iraniano tem planos de transição e que a Guarda Revolucionária pode assumir um papel ainda mais central, potencialmente intensificando a hostilidade.
Enquanto parte da população iraniana se opõe ao governo, os bombardeios israelenses têm gerado preocupação entre civis e ativistas, que temem pela destruição de cidades e pela escalada do conflito. A oposição no exterior, incluindo o filho do último xá, Reza Pahlevi, e grupos como o Mujahedin do Povo, tem influência limitada. Analistas destacam que a agressão estrangeira pode unir iranianos em torno do regime, dificultando um levante interno no momento atual.