A embaixada de Israel em Brasília emitiu uma nota nesta segunda-feira (2) respondendo a críticas sobre suas ações militares na Faixa de Gaza, sem citar nominalmente autoridades brasileiras. O comunicado afirmou que o grupo Hamas dissemina “notícias falsas” para influenciar a opinião pública global, acusando-o de usar civis como “escudos humanos” ao operar em hospitais e escolas. A representação diplomática destacou que Israel permite a entrada de ajuda humanitária na região, mas busca evitar que os recursos caiam nas mãos do Hamas.
No fim de semana, o presidente brasileiro havia reiterado críticas ao governo israelense, classificando suas ações como “vingança” e “genocídio” contra palestinos. Ele argumentou que a guerra visa impedir a criação de um Estado palestino e não reflete a vontade do povo judeu. O Brasil tem defendido publicamente um cessar-fogo permanente e o aumento da assistência humanitária, além de questionar a legalidade e proporcionalidade das operações militares em Gaza.
O conflito, iniciado em outubro de 2023, já resultou em milhares de mortes, segundo dados divulgados pelas autoridades de Gaza. Enquanto Israel afirma agir em legítima defesa, o governo brasileiro e organizações internacionais pressionam por uma solução negociada, criticando a limitação no fluxo de ajuda e o impacto sobre civis. O chanceler brasileiro recentemente descreveu a situação como “carnificina”, acusando Israel de medidas “desproporcionais” que ultrapassariam “todos os limites”.