Israel declarou nesta segunda-feira, 16, ter alcançado “total superioridade aérea” em Teerã, no quarto dia de intensos bombardeios entre os dois países. Alertas israelenses para a evacuação de moradores de partes da capital iraniana causaram pânico e uma fuga em massa. As ordens de retirada, divulgadas em redes sociais, mencionam alvos militares, como a sede da Força Quds, mas ataques a infraestruturas não militares, como a TV estatal iraniana, indicam uma expansão no escopo dos bombardeios.
O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, admitiu a possibilidade de assassinar o aiatolá Ali Khamenei, afirmando que tal ação “não intensificaria, mas encerraria a guerra”. Enquanto isso, o Irã ameaça abandonar o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), e Netanyahu alega que os ataques retardaram o programa nuclear iraniano em “muitos anos”. No entanto, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) relatou que apenas instalações superficiais em Natanz foram destruídas, com danos limitados em outras usinas.
O quarto dia de conflito foi o mais intenso, com Israel registrando 22 mortes e 600 feridos, enquanto o Irã contabiliza 224 mortos e 1.277 feridos. O exército israelense afirmou ter destruído mais de 120 lançadores de mísseis iranianos, reduzindo pela metade a capacidade de disparo do Irã. Apesar disso, os ataques continuam a causar estragos em Israel, com relatos do uso de mísseis hipersônicos pelo Irã. Especialistas estimam que o Irã ainda possui cerca de 2 mil mísseis, levantando questões sobre a capacidade de defesa israelense após dias de combate.