O Parlamento do Irã aprovou nesta terça-feira (7) o fechamento do Estreito de Ormuz, principal rota marítima para petroleiros no mundo, em resposta ao bombardeio ordenado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, contra instalações nucleares iranianas. A medida, que afeta 20% do transporte global de petróleo, ainda depende de aval do Conselho Supremo de Segurança Nacional e do aiatolá Ali Khamenei para ser implementada.
O Estreito de Ormuz, protegido militarmente pelos Estados Unidos, é estratégico para o comércio mundial de petróleo, conectando o Golfo Pérsico ao Oceano Índico. Seu bloqueio pode desencadear uma crise no abastecimento global da commodity, com impactos imediatos nos preços internacionais. Analistas alertam que a medida representa uma escalada perigosa no conflito entre Washington e Teerã.
Localizado entre Omã e o Irã, o estreito tem apenas 39 km de largura em seu ponto mais estreito, tornando-o vulnerável a interrupções. A decisão do Parlamento iraniano ocorre após meses de tensões crescentes, incluindo ataques a navios petroleiros na região e a retirada dos EUA do acordo nuclear de 2015. Especialistas temem que o fechamento possa levar a uma intervenção militar internacional.