O presidente do Banco Central declarou que o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) não deve ser utilizado como instrumento de arrecadação ou política monetária. Durante evento em São Paulo, ele destacou que o tributo pode servir como ferramenta regulatória, especialmente no crédito, mas ressaltou a necessidade de cautela na definição das alíquotas. A afirmação ocorre em meio a discussões sobre o papel do imposto, após o Ministério da Fazenda anunciar mudanças recentes nas taxas para aumentar a receita.
O Ministério da Fazenda havia proposto alterações no IOF no final de maio, medida que gerou descontentamento no Congresso e no mercado. O presidente do BC afirmou que aguardará o modelo final do imposto, ainda em debate, antes de incorporar seus efeitos nas projeções econômicas. Ele também defendeu maior clareza nas atribuições entre as instituições para evitar volatilidade em cenários incertos.
Apesar das divergências, o presidente do BC elogiou a disposição do Ministério da Fazenda em rever parte da medida. Ele também enfatizou a importância da comunicação clara por parte das autoridades monetárias, especialmente em meio a desinformação que pode afetar a percepção do mercado. O economista reforçou a necessidade de cautela e flexibilidade no atual ciclo econômico.