Uma investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro aponta que uma rede de restaurantes de churrasco e eventos culturais foi utilizada para lavar dinheiro proveniente do tráfico de drogas. Segundo as apurações, os recursos eram transferidos para Ponta Porã (MS), onde eram convertidos em armas e outros produtos ilegais. A estrutura teria sido montada por um criminoso ligado a uma facção, que faleceu recentemente.
A franquia de restaurantes, localizada em uma comunidade do Complexo do Alemão, era usada para dar aparência legal aos valores movimentados pelo esquema. A polícia identificou que o estabelecimento funcionava como suporte logístico e financeiro para eventos promovidos pela facção, com transações suspeitas que ultrapassaram R$ 1 milhão em apenas duas semanas. Além disso, uma produtora de eventos teria movimentado cerca de R$ 50 milhões em um ano.
As investigações também atingiram pessoas próximas ao criminoso, incluindo familiares e supostos operadores financeiros. Duas mulheres, uma delas ligada a um artista conhecido, teriam recebido depósitos significativos, sendo investigadas por possível participação no esquema. O caso continua em andamento, com a polícia analisando documentos apreendidos durante buscas realizadas nesta semana.