A Invepar, controladora do Aeroporto Internacional de Guarulhos (GRU Airport) e da Linha Amarela (Lamsa), no Rio de Janeiro, conseguiu prorrogar por 15 dias, renováveis por igual período, o prazo de proteção judicial que evita uma recuperação judicial. O acordo com credores suspende temporariamente o pagamento de dívidas de R$ 1,5 bilhão, enquanto as negociações avançam. A assembleia de acionistas, que decidiria sobre um possível pedido de recuperação, foi adiada novamente e está marcada para esta terça-feira.
A empresa afirmou em nota que o acordo permite buscar uma solução negociada, com expectativa de aprovação pela Justiça devido ao entendimento entre as partes. A Invepar destacou seu compromisso com as práticas de mercado e a confiança em um desfecho positivo nas tratativas. Um dos principais credores, o fundo soberano Mubadala Capital, de Abu Dhabi, pediu o vencimento antecipado de metade das debêntures de R$ 650 milhões, alegando descumprimento de obrigações contratuais.
Paralelamente, a Invepar confirmou um acordo com a Prefeitura do Rio para manter a concessão da Lamsa até 2037, encerrando disputas judiciais. O entendimento foi antecipado pelo Broadcast e representa um avanço nas negociações, enquanto a empresa busca resolver suas pendências financeiras. Os fundos de previdência Previ, Petros e Funcef, também credores, estão impedidos de votar por serem acionistas da companhia.