O processo no Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado para manter um ex-presidente no poder avança para a fase de interrogatórios dos réus a partir da próxima segunda-feira (9). Os acusados, incluindo o ex-chefe do Executivo, terão a oportunidade de apresentar suas versões dos fatos ao ministro relator do caso. Eles responderão a questionamentos sobre crimes como organização criminosa e tentativa de subverter a ordem democrática, conforme denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Segundo a acusação, o grupo teria atuado de forma coordenada para contestar os resultados das eleições de 2022, mobilizando órgãos públicos e disseminando alegações de fraude eleitoral sem provas. A PGR afirma ainda que houve pressão sobre autoridades militares e uso de estruturas estatais para dificultar o voto em determinados candidatos. O primeiro a depor será um colaborador da investigação, seguido pelos demais réus em ordem alfabética.
Os interrogatórios ocorrerão ao longo da semana, com possibilidade de prorrogação caso necessário. Após essa etapa, as defesas e a acusação terão prazo para apresentar alegações finais antes do julgamento, previsto para o segundo semestre. Os réus podem optar por permanecer em silêncio, conforme garantia constitucional, ou apresentar provas em sua defesa. O STF decidirá então se absolve ou condena os envolvidos.