A partir da próxima segunda-feira (9), o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete réus serão interrogados no Supremo Tribunal Federal (STF) no processo que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado e organização criminosa armada. Os depoimentos serão conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, e os acusados poderão exercer o direito à autodefesa, apresentando sua versão dos fatos.
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), Bolsonaro liderou uma organização criminosa que atuou para contestar os resultados das eleições de 2022, impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e manter-se no poder. A acusação inclui a mobilização de órgãos de segurança, como a Polícia Rodoviária Federal, para dificultar votos no PT, além de pressão sobre militares para ações de força.
O primeiro a depor será o tenente-coronel Mauro Cid, que firmou delação premiada. Os demais réus serão ouvidos em ordem alfabética. Os interrogatórios ocorrerão entre os dias 9 e 13 de junho, e os acusados têm o direito de permanecer em silêncio. O julgamento do caso está previsto para o segundo semestre.