A inteligência artificial (IA) está passando por uma revolução no ambiente corporativo brasileiro, com a transição dos tradicionais chatbots para agentes autônomos. Marcelo Braga, executivo da IBM Brasil, destacou que essa mudança representa um ponto de inflexão para as empresas, impactando diretamente a produtividade e os custos operacionais. Em uma entrevista ao InfoMoney, ele afirmou que processos que antes levavam dias agora podem ser executados em minutos, sinalizando uma transformação radical na forma como as organizações operam. Com essa nova fase, a segurança de dados e a conformidade com regulamentações emergem como prioridades, levando a uma reavaliação das práticas empresariais.
A adoção de agentes autônomos de IA não é isenta de desafios. O executivo alerta que a integração de diferentes sistemas e a governança de dados se tornam questões centrais à medida que mais setores das empresas começam a desenvolver e operar suas próprias soluções de IA. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) se torna fundamental nesse contexto, exigindo que os gestores definam claramente quais dados são acessíveis e como podem ser utilizados. Braga ressalta que “a IA não conhece a LGPD”, o que implica que cabe aos líderes empresariais assegurar que a tecnologia opere dentro dos limites legais, evitando potenciais consequências legais e danos à reputação das empresas.
O futuro da inteligência artificial no Brasil parece promissor, mas também complexo. À medida que mais empresas adotam esta tecnologia, a necessidade de uma governança robusta e de práticas éticas se tornará ainda mais evidente. O debate sobre a responsabilidade na utilização de dados e a transparência nas operações de IA deverá ganhar força, refletindo preocupações sociais e éticas. Com a evolução contínua da tecnologia, será crucial que as empresas não apenas se adaptem, mas também liderem um diálogo sobre as implicações de suas escolhas, garantindo que a inovação caminhe lado a lado com a responsabilidade social e legal.