Um político licenciado afirmou que a investigação conduzida pela Polícia Federal, que apura supostas tentativas de coação no processo sobre o golpe, entre outros crimes, teria como objetivo impedir sua possível candidatura nas eleições de 2026. Ele classificou o caso como uma “jogada política” para afastá-lo da disputa eleitoral. A declaração foi feita após o depoimento de um parlamentar à PF, que citou a atuação do investigado no exterior como forma de pressão em um processo envolvendo um familiar.
O político em questão é cotado para concorrer ao Senado por São Paulo, em uma chapa liderada pelo governador do estado, além de ser mencionado como possível candidato a um cargo maior. No entanto, há obstáculos legais envolvendo a família, já que um parente próximo está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral. O inquérito, aberto no STF, busca apurar se ações realizadas nos Estados Unidos teriam como objetivo influenciar o Judiciário brasileiro.
A investigação, autorizada por um ministro do STF, inclui o monitoramento das redes sociais do político. Enquanto isso, um parlamentar pediu medidas como o bloqueio de bens e a quebra de sigilo bancário de um familiar do investigado, alegando que recursos de apoiadores estariam sendo usados para mantê-lo no exterior. O político defendeu sua conduta, afirmando que suas ações são públicas e dentro da legalidade, questionando se diálogos com autoridades estrangeiras poderiam ser considerados crimes.