O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) registrou desaceleração em maio, com alta de 0,34% no fechamento do mês, ante 0,52% em abril e 0,39% na terceira quadrissemana. Os dados, divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV), mostram que o indicador acumula elevação de 4,29% em 12 meses e 2,52% no ano. O resultado ficou alinhado com as projeções do mercado, que esperavam variação entre 0,34% e 0,40%.
Cinco dos oito grupos de despesas do IPC-S tiveram redução na taxa de crescimento, com destaque para Alimentação (0,51% para 0,29%) e Transportes (0,09% para 0,02%). Por outro lado, Habitação (0,81% para 0,98%) e Vestuário (0,39% para 0,56%) aceleraram, enquanto Comunicação (-0,50% para -0,34%) apresentou deflação menos intensa. A queda em itens como passagens aéreas (-6,98%) e tomate (-9,09%) contribuíram para frear a inflação.
Entre os fatores que pressionaram o índice para cima, destacam-se tarifas de energia elétrica residencial (3,31%) e água e esgoto (2,07%), além do café em pó (5,44%) e batata-inglesa (13,86%). O comportamento misto dos preços reflete pressões setoriais distintas, mantendo o IPC-S em trajetória de desaceleração, mas ainda sob influência de custos específicos, como habitação e alimentos.