O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) na capital paulista registrou alta de 1,8% em maio, alcançando 99,4 pontos, mas permaneceu abaixo da linha de 100 pontos que separa pessimismo de otimismo. De acordo com André Sacconato, assessor econômico da FecomercioSP, o cenário atual lembra o segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff, quando a economia apresentava sinais de desaquecimento, mas a demanda se mantinha aquecida devido a estímulos fiscais.
O aumento do Icec foi impulsionado pela melhoria nas expectativas futuras, com o Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (Ieec) subindo 4,5% em maio, para 129 pontos. No entanto, os outros dois componentes do índice permaneceram estáveis: o Índice das Condições Atuais (Icaec) recuou 0,2%, atingindo 71,6 pontos, o menor nível desde julho de 2021, enquanto o Índice de Investimento (IIEC) ficou em 97,7 pontos, com queda de 4,5% em relação a maio de 2024.
Sacconato destacou que o mercado de trabalho ainda demanda mão de obra, concedendo maior poder de barganha aos trabalhadores, mas alertou que os índices de atividade já mostram variações menores que as acumuladas nos últimos 12 meses. O empresário do comércio varejista segue pessimista, especialmente com a deterioração acelerada do Icaec, que recuou 14,3% entre janeiro e maio deste ano.