Soldados israelenses atiraram contra civis durante a distribuição de alimentos na Faixa de Gaza nesta terça-feira (3), resultando em 27 mortes, segundo autoridades locais. O exército israelense afirmou que os disparos ocorreram após indivíduos avançarem de forma ameaçadora em direção às tropas, mas não detalhou as circunstâncias. Este é o segundo incidente do tipo em três dias, com relatos de uso de tanques e drones contra civis.
Autoridades de direitos humanos da ONU classificaram o ataque como um possível crime de guerra, destacando a gravidade de ataques contra civis que buscam ajuda alimentar. Um hospital local recebeu corpos com ferimentos de bala e estilhaços, indicando o uso de artilharia pesada. Enquanto isso, Israel alega que o novo sistema de distribuição visa evitar o desvio de suprimentos por grupos armados, embora a ONU afirme não haver evidências concretas disso.
A situação agrava a crise humanitária em Gaza, onde organizações alertam para o risco de fome generalizada após meses de bloqueio. A Fundação Humanitária de Gaza, apoiada por Israel, enfrenta críticas por sua atuação, incluindo a demissão de seu CEO e o boicote da ONU, que acusa o projeto de colocar civis em perigo. Palestinos relatam dificuldades extremas para obter comida, com filas intermináveis e confrontos violentos por suprimentos.