Forças israelenses atiraram contra civis que se dirigiam a um ponto de distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza nesta terça-feira (3), resultando em pelo menos 27 mortes e mais de 180 feridos, segundo autoridades locais e testemunhas. O Exército israelense afirmou que os disparos ocorreram após indivíduos saírem da rota designada e ignorarem avisos, mas contestou o número de vítimas divulgado, classificando-o como exagerado. O incidente está sob investigação, enquanto organizações humanitárias e a ONU expressaram preocupação com a segurança dos civis.
A retomada da distribuição de ajuda em Gaza tem sido marcada por violência, com relatos de dezenas de mortes nos últimos dias. Israel, que havia suspendido a entrada de suprimentos por três meses, permitiu a retomada por meio de uma fundação apoiada pelos EUA, estabelecendo pontos de distribuição em zonas militares. A ONU criticou o novo sistema, alegando que ele não resolve a crise humanitária e pode ser usado como instrumento de controle sobre a população. Enquanto isso, moradores relatam dificuldades para acessar alimentos e medo constante de ataques.
A situação humanitária em Gaza permanece crítica, com cerca de 2 milhões de pessoas dependendo quase inteiramente de ajuda externa após meses de conflito. Organizações internacionais alertam para o risco de fome generalizada, enquanto hospitais locais enfrentam um fluxo contínuo de feridos. A ONU e outras entidades pedem maior acesso e segurança para a distribuição de ajuda, destacando a urgência de uma solução que evite mais mortes de civis.