A Universidade Harvard, uma das mais prestigiadas dos Estados Unidos, enfrenta um clima de incerteza após uma série de medidas adotadas pelo governo federal, que afetaram diretamente estudantes estrangeiros e programas de pesquisa. Cerca de 27% dos quase 7 mil alunos matriculados na instituição nasceram fora do país, e decisões recentes, como a suspensão temporária de vistos para estrangeiros e o congelamento de verbas federais, criaram apreensão na comunidade acadêmica. Estudantes relataram cortes em bolsas de pesquisa e preocupação com o futuro profissional após a graduação.
Além das restrições a alunos internacionais, o governo também impôs condições para o repasse de recursos, como a proibição do uso de máscaras em protestos e a extinção de programas de diversidade. Pesquisas científicas, incluindo estudos sobre Alzheimer e esclerose múltipla, foram paralisadas devido ao bloqueio de mais de US$ 2 bilhões em subsídios. A universidade, conhecida por sua excelência em pesquisa e pelo maior número de laureados com o Prêmio Nobel, vê seu modelo educacional e científico ameaçado.
Estudantes brasileiros destacaram a importância de manter as portas abertas para talentos de todo o mundo, enfatizando o papel transformador da educação. Relatos indicam que muitos se sentem inseguros com as mudanças, especialmente aqueles que dependem de vistos de trabalho após a formatura. A situação reflete um debate mais amplo sobre imigração e ciência nos EUA, com repercussões significativas para uma das instituições de ensino mais influentes do mundo.