A Instituição Fiscal Independente do Senado (IFI) reiterou sua avaliação de que as regras atuais para o controle das contas públicas são “insustentáveis”. Essa afirmação ocorre mesmo diante da projeção de que o governo federal conseguirá cumprir a meta fiscal para 2025, que prevê um déficit de R$ 28,1 bilhões, dentro da margem de tolerância estabelecida. As informações foram divulgadas na versão de junho do Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) da IFI.
As estimativas da IFI indicam que, até 2035, a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) poderá atingir 124,9% do Produto Interno Bruto (PIB). Isso implica que a soma das dívidas dos governos federal, estaduais e municipais em relação ao setor privado e público, tanto nacional quanto internacional, será superior a toda a produção do país naquele ano.
O aumento da dívida pública gera preocupações sobre a sustentabilidade fiscal e a capacidade do governo de honrar seus compromissos financeiros. A IFI alerta que, sem reformas significativas, a situação fiscal do Brasil pode se deteriorar ainda mais, comprometendo o crescimento econômico e a estabilidade financeira do país.