O Ibovespa encerrou esta segunda-feira em baixa de 0,41%, aos 136.550,5 pontos, influenciado pela queda dos preços do petróleo no mercado internacional e pela pressão negativa das ações da Petrobras. O índice chegou a atingir 135.835,25 pontos na mínima do dia, enquanto o volume financeiro negociado somou R$ 20,48 bilhões. A desvalorização ocorre em meio à escalada das tensões geopolíticas no Oriente Médio, após ataques dos Estados Unidos a instalações nucleares no Irã, que, apesar da gravidade, não afetaram os fluxos da commodity na região. Esse cenário contribuiu para o recuo nos preços do petróleo, afetando diretamente empresas do setor no Brasil e ampliando a cautela dos investidores locais.
Segundo analistas do mercado, a reação dos investidores foi motivada tanto pela instabilidade externa quanto pela percepção de que, apesar dos ataques e das represálias iranianas, os principais corredores de exportação de petróleo, como o estreito de Ormuz, continuam operando normalmente. Cerca de 20% do suprimento global de petróleo passa por essa rota estratégica, e a ausência de interrupções contribuiu para a queda nos contratos futuros da commodity. A Petrobras, sensível a oscilações do petróleo, teve forte queda e figurou entre os papéis com maior impacto negativo no pregão. Economistas destacam que a volatilidade deve continuar, dada a fragilidade do equilíbrio geopolítico e a incerteza quanto às próximas ações dos envolvidos no conflito.
A continuidade das tensões no Oriente Médio mantém o mercado em alerta, com investidores monitorando atentamente qualquer sinal de escalada que possa atingir a infraestrutura energética global. Embora, até o momento, nenhuma vida tenha sido perdida nos ataques e o tráfego marítimo se mantenha regular, a possibilidade de novos confrontos pode reacender temores sobre a oferta mundial de energia. Especialistas sugerem que, caso os conflitos se intensifiquem e afetem rotas comerciais, os impactos nos mercados emergentes, como o Brasil, poderão ser substanciais. A situação ressaltou a vulnerabilidade de economias dependentes de commodities e reacendeu discussões sobre diversificação e segurança energética em um cenário internacional cada vez mais volátil.