Técnicos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) manifestaram repúdio nesta semana à decisão da atual gestão, liderada pelo presidente Marcio Pochmann, de lançar uma nova versão do mapa-múndi oficial. A publicação reposiciona o Brasil no centro da projeção e inverte a perspectiva tradicional, colocando o hemisfério sul na parte superior. Funcionários alegam que a medida caracteriza desvio institucional.
De acordo com a Assibge-SN, sindicato que representa os trabalhadores do órgão, o mapa não foi elaborado pelas áreas técnicas competentes e estaria alinhado a uma “agenda pessoal” do presidente. A entidade afirma que o processo ignorou protocolos internos e debates metodológicos históricos da instituição.
Embora o novo mapa não contenha erros cartográficos, críticos argumentam que a mudança prioriza simbolismo político sobre critérios técnicos. O IBGE ainda não se pronunciou oficialmente sobre as acusações, que ocorrem em meio a tensões prolongadas entre servidores e a atual direção.