Herdeiros de uma das fundadoras de uma grande empresa do setor alimentício estão questionando formalmente os critérios de precificação e a independência dos avaliadores envolvidos na fusão entre BRF e Marfrig. Embora apoiem a combinação dos negócios, considerada benéfica, os herdeiros alegam que os termos atuais podem não refletir um equilíbrio justo. A mobilização inclui articulações com outros acionistas e investidores institucionais para pressionar por ajustes na negociação.
No mercado, as ações das empresas envolvidas apresentaram movimentos distintos após o anúncio. Enquanto os papéis da Marfrig registraram queda, os da BRF tiveram leve alta. A proposta atual prevê que os acionistas da BRF recebam um valor menor em dividendos por ação em comparação aos da Marfrig, além de uma troca de papéis após o pagamento.
Analistas avaliam que a contestação pode trazer maior transparência ao processo, beneficiando os acionistas minoritários. A pressão por revisão dos termos pode levar a ajustes que equilibrem os interesses das partes envolvidas, segundo avaliação de corretoras especializadas. O desfecho da negociação ainda depende de aprovações regulatórias e do alinhamento entre os acionistas.