O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve apresentar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira (3) um pacote de medidas para substituir o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A proposta de elevação do tributo, feita há duas semanas para aumentar a arrecadação e cumprir metas fiscais em 2025, foi mal recebida pelo mercado e pelo Congresso, que ainda avalia derrubar o decreto presidencial.
Haddad afirmou que o novo pacote busca garantir ‘estabilidade duradoura para as contas’ e não inclui a sugestão do Ministério de Minas e Energia de ampliar leilões de petróleo, que poderia gerar R$ 35 bilhões até 2026. Segundo ele, parte desse valor já está contabilizado para este ano, e o governo mantém o compromisso com a meta fiscal, como em 2023.
Na noite de segunda (2), Haddad se reuniu com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), além de outros ministros e líderes governistas, para discutir as medidas. O encontro, que terminou após a meia-noite, não resultou em declarações. O Congresso pediu ‘medidas estruturais’ como contrapartida para não derrubar o decreto do IOF, demanda que, segundo Haddad, já está sendo atendida com as propostas em análise.