O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta segunda-feira (2) que o governo pode realizar ajustes no decreto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Ele destacou que é possível resolver o impasse em um prazo menor que os dez dias negociados com o Congresso na semana passada. Haddad também afirmou que as alterações devem ser discutidas no contexto de reformas estruturais, evitando ajustes pontuais anuais.
Durante coletiva, Haddad mencionou conversas com o deputado Hugo Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, sobre a necessidade de corrigir distorções no sistema financeiro e vincular mudanças no IOF a reformas mais amplas. O ministro não detalhou as medidas, mas ressaltou que a decisão política será tomada ainda nesta semana. O governo projetava arrecadar R$ 19 bilhões em 2025 com o aumento do IOF, mas setores produtivos e financeiros criticaram a medida, alegando encarecimento do crédito.
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reiterou sua posição contrária ao uso do IOF para fins arrecadatórios, defendendo seu caráter regulatório. Enquanto isso, o Congresso pressiona pela derrubada do decreto, mas o presidente da Câmara, Hugo Motta, não comentou o assunto durante a sessão plenária desta segunda-feira.