A greve dos professores da rede municipal de Salvador completa 30 dias nesta quarta-feira (4), com mais de 130 escolas paralisadas e outras 189 funcionando parcialmente. A categoria rejeitou a proposta de reajuste salarial de 4% apresentada pela prefeitura, argumentando que o valor é insuficiente para garantir o piso nacional do magistério, fixado em R$ 4.867,77. Apesar de uma decisão judicial determinar a suspensão da greve e multar o sindicato, os professores mantiveram a mobilização, realizando protestos e exigindo melhorias nas condições de trabalho.
A prefeitura, por sua vez, aprovou um novo projeto de lei que prevê reajustes entre 4,83% e 9,25%, dependendo da categoria, afirmando ser o maior aumento em quatro anos. O gestor municipal destacou que a maioria dos professores já recebe acima do piso nacional, incluindo gratificações fixas. No entanto, o sindicato contesta essa interpretação, alegando que o valor está defasado em mais de 58% e que as reivindicações incluem também climatização das escolas e materiais pedagógicos.
O impasse se intensificou durante a votação na Câmara de Vereadores, quando manifestantes invadiram o local, resultando em confusão e confrontos com a polícia. A sessão foi interrompida e retomada em local fechado, com a aprovação da proposta da prefeitura. Apesar disso, a greve persiste, afetando mais de 131 mil estudantes na capital baiana.