O Ministério da Fazenda deve atender a uma demanda do Congresso e revogar o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para o risco sacado, uma modalidade de crédito. No entanto, a alta do tributo sobre cartões de crédito internacionais será mantida pelo menos até 2025. A medida busca compensar a perda de arrecadação com revisões estruturais, como o fim de subsídios tributários, a partir de 2026.
Paralelamente, o governo estuda reduzir o ritmo de crescimento dos repasses ao Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica), que terá um aumento de 18,3% em 2025, chegando a R$ 58,8 bilhões. A proposta visa aliviar as contas públicas, mas ainda depende de negociações com o Congresso, que ameaça derrubar o decreto do IOF por meio de um projeto legislativo.
Reuniões entre ministros e líderes do Legislativo ocorreram para discutir o impasse, sem declarações públicas após os encontros. O presidente do Banco Central tem atuado como mediador, defendendo a revisão parcial do IOF e medidas de longo prazo, como a desvinculação de gastos obrigatórios. A decisão final será comunicada ao presidente da República antes de sua viagem à França.