O ministro da Fazenda afirmou que o governo avalia revisões no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e outras correções no sistema tributário do setor financeiro. Segundo ele, a decisão sobre os ajustes pode ser concluída ainda nesta semana, após o Congresso Nacional estabelecer um prazo de 10 dias para a apresentação de alternativas ao aumento do tributo. Haddad destacou a necessidade de alinhar medidas de curto prazo com reformas estruturais, garantindo previsibilidade e justiça fiscal, mas descartou mudanças na CSLL como solução imediata.
O governo busca alternativas sustentáveis para cumprir as metas fiscais sem comprometer áreas essenciais, como investimentos e programas sociais. Haddad defendeu a retomada de reformas, como a administrativa e a tributária, citando que iniciativas como a limitação de supersalários no serviço público e ajustes nas aposentadorias militares são pré-condições para avançar. Ele também ressaltou que o equilíbrio fiscal depende de soluções de longo prazo, evitando medidas paliativas que possam desequilibrar as contas públicas no futuro.
O aumento do IOF gerou tensão entre o Executivo e o Congresso, com parlamentares criticando a medida como uma resposta a gastos excessivos. O governo argumenta que o ajuste foi necessário para compensar perdas causadas por benefícios fiscais, como a desoneração da folha de pagamento. Enquanto isso, o Ministério da Fazenda trabalha em um pacote de alternativas para apresentar ao presidente e aos líderes do Legislativo, buscando um consenso que preserve a sustentabilidade fiscal sem prejudicar a confiança dos investidores.