O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o Ministério da Previdência já esperavam a instalação da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) para investigar descontos indevidos no INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social). O presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), leu na terça-feira (17.jun.2025) o requerimento para abertura da comissão, que recebeu 293 assinaturas. A instalação, no entanto, deve ocorrer apenas no próximo semestre devido ao recesso parlamentar.
A CPMI tornou-se uma das principais frentes da oposição contra o governo Lula. Inicialmente, os governistas eram contra a criação da comissão, mas mudaram de estratégia após o requerimento ganhar tração, buscando minimizar possíveis danos à imagem da administração. A movimentação foi criticada por parlamentares, como o senador Esperidião Amin (PP-SC), que afirmou ser um espaço da oposição.
Enquanto isso, a Previdência demonstra otimismo com os pedidos da AGU (Advocacia-Geral da União) no STF (Supremo Tribunal Federal) para excluir os ressarcimentos das vítimas de fraudes do cálculo do déficit fiscal. O governo também busca suspender processos judiciais relacionados ao caso, com uma audiência marcada para 24 de junho. O esquema de fraudes no INSS tem sido alvo de disputa política, com o governo atribuindo a responsabilidade à gestão anterior, enquanto a oposição acusa a atual administração.