O governo federal recuou da proposta de pagar o vale-refeição (VR) e vale-alimentação (VA) através do Pix, após avaliação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A medida, inicialmente discutida pela equipe econômica para mitigar os efeitos da inflação alimentar, foi descartada devido ao risco de desvio da finalidade do benefício. Agora, o foco será reduzir as taxas cobradas pelas operadoras.
Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT), as taxas atuais variam entre 3,5% e 8% sobre o valor dos benefícios, impactando tanto empresas quanto trabalhadores. A mudança para o Pix foi vista como uma forma de baratear os custos, mas a falta de mecanismos para garantir o uso exclusivo em alimentação inviabilizou a proposta.
O MTE afirmou que trabalhará com a ABBT e outras entidades para encontrar alternativas que reduzam os encargos sem comprometer a finalidade dos vales. Especialistas apontam que a discussão reflete a necessidade de modernizar o sistema de benefícios, mas destacam a importância de manter o controle sobre o uso dos recursos.
