Ao assumir o governo de Goiás em janeiro de 2019, Ronaldo Caiado encontrou uma situação financeira e administrativa crítica, descrita como a pior das últimas três décadas. O estado tinha apenas R$ 13,3 milhões em caixa, com dívidas acumuladas de R$ 20 bilhões e serviços essenciais comprometidos, como saúde e segurança pública. Relatórios de órgãos de controle apontavam irregularidades e rombos orçamentários, com sugestões de decretação de estado de calamidade financeira.
A gestão anterior deixou hospitais sem insumos, salários atrasados e setores econômicos em retração, com a indústria registrando queda de 3,6% e o comércio varejista recuando 4,8%. O estado comprometia 74% de suas receitas com folha de pagamento e tinha precatórios de R$ 1 bilhão, com perspectiva de quitação em 95 anos. Medidas emergenciais, como redução de cargos comissionados e reforma administrativa, foram adotadas para reorganizar as contas públicas.
Atualmente, o Brasil enfrenta desafios semelhantes aos de Goiás em 2018, com dívida pública acima de 76% do PIB, déficit fiscal nominal de 7,8% e Previdência com rombo de R$ 50 bilhões. O próximo presidente herdará um cenário de desequilíbrio fiscal, baixo crescimento econômico e gargalos em infraestrutura, exigindo reformas estruturais e controle de gastos para evitar o aprofundamento da crise.