O governo federal negociou um prazo de dez dias com o Congresso para apresentar propostas alternativas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), após a medida inicial ter gerado reação negativa do mercado. O ministro da Fazenda afirmou que qualquer ajuste no tributo será feito dentro de um pacote mais amplo, visando corrigir “distorções no sistema financeiro”. Ainda não foram divulgados detalhes sobre as medidas, mas o ministro destacou a intenção de retomar reformas estruturais para evitar soluções paliativas.
O aumento do IOF, anunciado em maio, foi rapidamente questionado, levando o Congresso a discutir a derrubada do decreto presidencial – algo inédito em 25 anos. Diante da pressão, o governo buscou diálogo com os presidentes da Câmara e do Senado, acertando um prazo para apresentar uma alternativa que compense parte da arrecadação prevista. O ministro afirmou haver “sintonia” com o Legislativo e que as propostas serão submetidas aos líderes antes de qualquer decisão final.
Haddad destacou que a prioridade é avançar em reformas que garantam sustentabilidade fiscal, evitando medidas isoladas. Ele citou os avanços de 2023, quando mudanças estruturais melhoraram a avaliação do país pelas agências de risco e atraíram investimentos. A expectativa é que o novo pacote traga soluções de longo prazo, alinhadas com a redução de juros e a geração de empregos, sem depender de ajustes temporários.