O ministro da Fazenda anunciou que o governo trabalha para apresentar, até esta terça-feira, alternativas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), medida que enfrentou resistência no Congresso. A revisão focará em corrigir distorções tributárias e retomar reformas estruturais, com propostas a serem discutidas com o presidente e os líderes do Legislativo antes da viagem oficial deste à França. Haddad destacou que, embora o Congresso tenha concedido um prazo de 10 dias, a equipe econômica pretende antecipar as soluções.
O ministro enfatizou que a solução para o impasse do IOF deve estar alinhada com medidas de longo prazo para equilibrar as contas públicas. “Não é por meio de decretos pontuais que resolveremos o quadro fiscal”, afirmou, defendendo ações que ofereçam previsibilidade e transparência. Ele adiantou que eventuais ajustes no decreto ocorrerão dentro de um plano mais amplo de reequilíbrio tributário, corrigindo distorções no sistema financeiro.
Haddad reforçou o compromisso com reformas estruturais, citando avanços em 2023 que melhoraram a avaliação de agências de risco e atraíram investimentos. “Estamos em sintonia com os Poderes para apresentar propostas antes da viagem do presidente”, disse, descartando a necessidade do prazo total concedido pelo Congresso. A prioridade, segundo ele, é consolidar mudanças profundas em vez de medidas paliativas, garantindo estabilidade econômica.