O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) intensificou a reserva de emendas para deputados e senadores na semana seguinte à derrota na Câmara, que aprovou urgência para revogar o decreto do ministro Fernando Haddad que aumentou o IOF. Entre quinta-feira (12.jun.2025) e segunda-feira (16.jun), o valor empenhado mais que dobrou, atingindo R$ 256,2 milhões, ainda assim menos de 1% dos R$ 50 bilhões previstos para o ano. A demora na liberação das emendas tem causado insatisfação no Legislativo.
Dos R$ 24,6 bilhões reservados no Orçamento para emendas individuais, apenas R$ 247,1 milhões foram empenhados até agora, representando 1% do total. O valor efetivamente pago é ainda menor: R$ 5,1 milhões (0,01% do total). Os partidos que mais receberam emendas foram PL, PT e União Brasil, com destaque para parlamentares como Paulo Paim (PT-RS) e Wellington Roberto (PL-PB).
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), classificou a aprovação da urgência contra o decreto do IOF como um ‘recado’ da sociedade contra aumentos de impostos. Analistas apontam que a aceleração no empenho de emendas pode ser uma estratégia do governo para melhorar o clima político e avançar em suas pautas no Congresso.