Em junho, mês nacional e internacional de combate ao trabalho infantil, Goiás revela dados alarmantes: quase metade dos casos fiscalizados entre 2017 e 2024 envolve crianças em serviços de manutenção e limpeza de veículos, com exposição a solventes, óleos e ácidos. Enquanto Goiânia avança na aprendizagem profissional, cidades como Cristalina e Jataí se destacam negativamente pelo alto índice de exploração infantil.
Segundo o Observatório da Prevenção e da Erradicação do Trabalho Infantil, via plataforma SmartLab, 45,9% dos casos no estado ocorrem no setor automotivo, atividade de alto risco para menores. Os dados mostram que a maioria das vítimas tem entre 14 e 17 anos, com predominância do sexo masculino, em situação de vulnerabilidade socioeconômica.
Autoridades alertam que a exposição a produtos químicos pode causar danos irreversíveis à saúde das crianças, incluindo problemas respiratórios e dermatológicos. Apesar das campanhas de conscientização, a prática persiste em pequenos municípios, onde a fiscalização enfrenta dificuldades logísticas e culturais para coibir a exploração.