O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, apresentou nesta terça-feira (24/6) o projeto do novo Anel Viário da capital, que promete revolucionar o tráfego na Região Metropolitana. Com 44 quilômetros de pista dupla, a obra busca desviar o tráfego pesado da BR-153, uma rodovia frequentemente congestionada que corta Goiânia e diversas cidades vizinhas. O traçado começará em Goianápolis, próximo à Polícia Rodoviária Federal, percorrendo municípios como Senador Canedo e Aparecida de Goiânia, até Hidrolândia. O projeto já foi aprovado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e contará com recursos federais, com previsão de início para o primeiro trimestre de 2026.
A iniciativa atende a uma antiga demanda da população e autoridades locais, segundo Mabel, que relembrou discussões iniciadas ainda na década de 1990, durante o governo Fernando Henrique Cardoso. Na época, projetos como o contorno Noroeste foram mencionados, mas nunca avançaram devido à falta de condições políticas e técnicas. A obra será contratada por meio de Regime Diferenciado de Contratações (RDC), que integra projeto executivo e execução, agilizando o processo. Especialistas destacam que a infraestrutura em pavimento rígido garantirá durabilidade à via, enquanto o desvio do tráfego pesado poderá reduzir acidentes e melhorar a qualidade de vida nas áreas urbanas da BR-153.
As implicações do projeto vão além do tráfego local. A obra pode alavancar o desenvolvimento econômico da Região Metropolitana, facilitando a circulação de mercadorias e fortalecendo o setor logístico. Além disso, a iniciativa reflete uma tendência nacional de priorizar obras que desafoguem rodovias estratégicas. No entanto, especialistas alertam para o desafio de cumprir prazos e orçamentos, especialmente em projetos de grande porte. Com a previsão de início em 2026, a execução eficiente será crucial para que o Anel Viário cumpra seu papel como catalisador de mobilidade e desenvolvimento regional.