A ONU declarou Gaza como o lugar mais faminto do mundo, destacando que palestinos foram mortos pelo terceiro dia consecutivo enquanto buscavam ajuda humanitária na região. Relatos indicam que civis foram atingidos por tiros perto de um centro de distribuição de alimentos, com testemunhas descrevendo situações de humilhação e violência. Autoridades israelenses afirmaram que os disparos foram advertências contra grupos que se afastaram de rotas autorizadas, mas organizações humanitárias registraram dezenas de feridos e mortos, incluindo mulheres e crianças.
No norte de Gaza, três soldados israelenses morreram após a explosão de uma bomba plantada por militantes, marcando a maior baixa militar desde o fim do cessar-fogo em março. Enquanto isso, a distribuição de alimentos foi retomada após meses de bloqueio, mas a ONU alerta que a escassez de suprimentos continua crítica. Líderes europeus discutem possíveis sanções contra Israel devido às restrições que agravaram a crise humanitária, enquanto autoridades israelenses acusam o Hamas de desviar ajuda destinada à população civil.
O Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos classificou como “inconcebíveis” os ataques a civis em busca de alimentos, alertando que a privação de suprimentos essenciais pode configurar crime de guerra. Israel nega impedir o acesso à ajuda e responsabiliza grupos armados pelo desvio de recursos. A situação permanece tensa, com crescente pressão internacional por uma solução que garanta a segurança e os direitos humanos na região.