Na madrugada do último domingo (22), o Orquidário Municipal de Santos, localizado no litoral de São Paulo, foi alvo de um furto ousado que resultou no desaparecimento de seis aves raras, incluindo dois gaviões, dois papagaios, uma maritaca e um falcão. O crime ocorreu em uma área restrita do hospital veterinário do estabelecimento, conforme apurado pelo g1 nesta terça-feira (24). A audácia dos ladrões, que conseguiram acessar o local através de uma janela, levanta preocupações sobre a segurança das instalações. Este incidente marca a segunda ocorrência, em um ano, de furto envolvendo animais no Orquidário, após a recuperação de um papagaio-de-cara-roxa e três saguis no ano anterior.
A investigação conduzida pela polícia local, registrada no 7º Distrito Policial de Santos, está focada em reunir pistas sobre os responsáveis pelo crime. Evidências como uma faca e uma luva de manejo encontradas em uma sala trancada sugerem que os objetos foram utilizados durante o furto. Além disso, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) destacou que uma estagiária do Orquidário havia relatado a presença suspeita de adolescentes fotografando áreas restritas antes do ocorrido. Especialistas afirmam que a recorrência desses incidentes pode estar ligada a um mercado negro crescente de animais silvestres, o que aumenta a urgência por medidas de segurança mais rigorosas e vigilância ampliada.
Diante desse cenário preocupante, as autoridades locais e a administração do Orquidário enfrentam o desafio de reforçar a segurança para evitar novos incidentes. A questão levanta um debate mais amplo sobre a proteção de espécies ameaçadas e a necessidade de políticas eficazes contra o tráfico de animais. Segundo especialistas, a tendência é que a demanda por animais exóticos continue, o que coloca instituições como o Orquidário de Santos em uma posição crítica. Medidas como a instalação de câmeras de segurança adicionais e o treinamento de pessoal para monitoramento constante são passos esperados para mitigar futuros riscos. Enquanto a investigação avança, a comunidade local e os conservacionistas aguardam ansiosos por respostas e ações concretas para proteger o patrimônio natural.