Um levantamento da XP divulgado nesta quarta-feira (18) mostra que os gestores de fundos de ações estão aumentando suas apostas em setores como serviços financeiros, transportes e utilities, enquanto reduzem a exposição a varejo, agro e educação. A análise, que avaliou mais de mil carteiras somando R$ 280 bilhões em ativos, utilizou uma metodologia quantitativa baseada em exposição setorial e cinco fatores de estilo: low risk, momentum, quality, size e value.
Entre as ações mais bem posicionadas estão ITUB4 (Itaú Unibanco), BBSE3 (BB Seguridade) e TGMA3 (Tegma), refletindo a preferência por empresas com perfil defensivo, geração de caixa estável e boa governança. Já na lista das menos favorecidas, destacam-se JSLG3 (JSL), MRFG3 (Marfrig) e ECOR3 (Ecorodovias), indicando a aversão dos gestores a setores mais voláteis, como agronegócio e varejo.
O relatório da XP sugere que o ranking reflete uma reconfiguração no apetite por risco dos fundos, com setores defensivos sendo priorizados em um cenário de incerteza. Para o investidor pessoa física, o estudo pode servir como um termômetro das tendências institucionais e um alerta para oportunidades contrárias, já que ativos subvalorizados podem se tornar promissores quando fora do radar dos grandes fundos.