Enquanto muitas pessoas evitam o contato com tubarões, um fotógrafo brasileiro transformou esse encontro em sua especialidade. Criado no Rio de Janeiro, ele desenvolveu desde cedo uma paixão pelo mergulho e pela vida marinha, tornando-se um dos principais nomes da fotografia subaquática mundial. Com mais de 20 anos de carreira, ele já acumulou mais de 170 horas de mergulhos livres com tubarões-brancos, registrando-os a menos de um metro de distância e sem gaiolas de proteção, sempre baseando sua abordagem no respeito e na observação do comportamento dos animais.
Sua técnica envolve estudar os sinais dos tubarões para identificar quando é seguro entrar na água. Movimentos suaves indicam tranquilidade, enquanto gestos bruscos ou abertura constante da boca podem sinalizar irritação. Além dos tubarões, o fotógrafo já capturou imagens de baleias-azuis, conhecidas por sua timidez, e até mesmo de lulas gigantes canibais do Pacífico, que exigem cuidados extremos durante o mergulho. Seus trabalhos mais marcantes incluem encontros com animais como Bruce, um tubarão-branco de grande porte, e Ema, uma tubarão-tigre das Bahamas que se tornou uma de suas favoritas.
Apesar da experiência, o fotógrafo já enfrentou situações de risco, como quando precisou intervir durante um mergulho no Caribe, onde um turista atraiu a atenção de uma fêmea de tubarão-branco. Ele também relatou o perigo de mergulhar com crocodilos-do-Nilo, que, ao contrário dos tubarões, veem humanos como presas. Essas experiências reforçam a importância do conhecimento e do respeito pelos animais, elementos centrais em seu trabalho. Suas aventuras continuam a inspirar e a revelar a beleza e os desafios do mundo subaquático.