Seis associações representativas do setor de fintechs manifestaram preocupação com possíveis aumentos na carga tributária do segmento, que poderiam ser adotados para compensar a revogação do aumento do IOF. Em nota conjunta, as entidades argumentam que medidas desse tipo ameaçariam avanços como a inclusão financeira, contas gratuitas e a ampliação do crédito no país. Elas destacam que o setor já opera com uma tributação elevada e que novos encargos poderiam prejudicar serviços essenciais aos consumidores.
As associações criticam a falta de diálogo com o governo sobre propostas que impactam diretamente as fintechs, afirmando que não foram consultadas previamente. Elas também negam a existência de privilégios fiscais, explicando que as diferenças tributárias em relação aos bancos tradicionais refletem a regulamentação específica para estimular a concorrência e a inovação. Segundo as entidades, esse modelo permite que as fintechs atuem de forma mais competitiva, beneficiando a sociedade com serviços mais acessíveis.
Além disso, as organizações ressaltam que a entrada das fintechs no mercado brasileiro reduziu a concentração no setor de crédito, impulsionou a inovação e diminuiu custos para os consumidores, como tarifas bancárias. O documento reforça que a manutenção do atual modelo tributário é essencial para preservar esses ganhos e garantir o fortalecimento da política monetária no país.