O presidente do Federal Reserve de Chicago, Austan Goolsbee, afirmou nesta segunda-feira, 23, que os efeitos das tarifas comerciais não foram “tão ruins quanto se temia” e acredita que esses impactos serão transitórios. Durante um evento do Milwaukee Business Journal, ele destacou que, caso a situação tarifária se normalize, o Banco Central dos Estados Unidos poderá considerar cortes nas taxas de juros. Goolsbee também comparou as tarifas a choques de petróleo, que têm implicações estagflacionárias, deixando em aberto a discussão sobre a saúde econômica do país.
Goolsbee expressou sua preocupação com a possibilidade de estagflação, embora não a veja como uma repetição da crise dos anos 1970. Ele alertou que a incerteza econômica atual é “desconcertante” e que a falta de dados claros pode complicar a tomada de decisões sobre cortes orçamentários. De acordo com suas observações, a inflação não apresentou grandes variações nos últimos três meses, e a relação entre tarifas e inflação ainda é nebulosa. Essa análise sugere que, se a economia superar o período de incertezas, a perspectiva pode ser otimista, mas isso depende de diversos fatores, incluindo o impacto da inteligência artificial no crescimento a curto prazo.
No futuro, o cenário econômico pode ser moldado por fatores como a evolução das tarifas e a resposta do Fed às pressões inflacionárias. A possibilidade de um ambiente estagflacionário, embora não iminente, levanta questões sobre a estabilidade financeira e o papel das criptomoedas, sobre as quais Goolsbee se considera “neutro”. À medida que o mercado se ajusta e as incertezas diminuem, o foco do Banco Central deve se voltar para a manutenção da estabilidade financeira. Essa situação torna-se ainda mais relevante em um contexto global em que as economias enfrentam desafios semelhantes, deixando os analistas e investidores em busca de sinais claros sobre a direção futura da política monetária americana.