A Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina está investigando possíveis irregularidades fiscais na venda de 62 veículos durante um feirão em Criciúma, realizado no último fim de semana. A operação, que envolveu a Polícia Civil e o Procon estadual, identificou quase R$ 4 milhões em automóveis negociados sem emissão das notas fiscais obrigatórias, configurando potencial sonegação de ICMS. Dos 26 estandes fiscalizados no evento, irregularidades foram constatadas em 21. A documentação apreendida será submetida a uma auditoria detalhada, com previsão de conclusão em até 180 dias, conforme as autoridades locais.
A investigação busca compreender como e por que essas falhas ocorreram, destacando a importância de um sistema tributário justo. Historicamente, a sonegação fiscal tem sido um desafio persistente em eventos comerciais de grande porte, impactando não apenas a arrecadação estadual, mas também a equidade no mercado. Segundo Felipe Naderer, auditor fiscal e coordenador técnico do Grupo de Análise e Pesquisa Fiscal da Fazenda, o objetivo primordial é assegurar o cumprimento das obrigações legais e promover uma concorrência leal entre os comerciantes. Stakeholders do setor automotivo expressam preocupação com a imagem do mercado local e as possíveis sanções que poderão ser aplicadas.
As implicações futuras dessa investigação podem ser significativas, tanto para o setor automotivo quanto para a política fiscal do estado. A ação pode desencadear uma revisão mais ampla das práticas comerciais em feirões e eventos similares, buscando reforçar os mecanismos de fiscalização e compliance. Além disso, a expectativa é de que medidas educativas e punitivas sejam implementadas para prevenir a recorrência de tais irregularidades. A sociedade é levada a refletir sobre os custos da sonegação para o desenvolvimento regional e a importância de um comércio transparente e responsável. O desenrolar dessa situação poderá estabelecer precedentes importantes para a gestão fiscal em Santa Catarina e além.