Em meio a crescentes tensões entre os Poderes no Brasil, o exílio — voluntário ou forçado — ressurgiu como opção para figuras públicas sob pressão judicial. Uma parlamentar anunciou recentemente sua mudança para a Europa, alegando motivos médicos e afirmando que a decisão representa um ato de “resistência”. Ela negou abandonar o país, mas confirmou que pedirá licença do mandato e continuará se manifestando politicamente de fora do Brasil.
A decisão ocorre após condenação judicial que determinou pena de prisão, perda de mandato e inelegibilidade, além de multa por danos morais coletivos, relacionada a invasão de sistemas de órgãos públicos. A parlamentar também responde a outro processo por suposto porte ilegal de arma e constrangimento, em um caso que ganhou repercussão nacional durante as eleições de 2022.
Apesar da condenação, a parlamentar afirmou que manterá atividades políticas no exterior, incluindo denúncias contra o Judiciário brasileiro perante autoridades europeias. Seu advogado já recorreu da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), enquanto o caso aguarda trânsito em julgado para que a perda do mandato seja formalizada pela Câmara dos Deputados.